Exame de toque retal: preciso fazer mesmo?

O exame de toque retal é um dos mais importantes em Urologia. Neste exame, o Urologista introduz o dedo indicador no ânus do paciente com o objetivo de palpar a próstata à procura de sinais de câncer de próstata como nódulos (caroços) ou áreas prostáticas endurecidas (figura 1). Além disso, através do toque é possível avaliar o tamanho da próstata.
Quem deve fazer o toque retal?
Todos os pacientes com sintomas causados por enfermidades prostáticas.
Nos pacientes assintomáticos, o exame deve ser feito em homens com mais de 45 anos ou naqueles com mais de 40 anos e histórico familiar de câncer de próstata.
Quais são os riscos do toque retal?
O toque retal é praticamente isento de riscos. É rápido, durando apenas cerca de 10 segundos. A maioria dos pacientes não relata dor, apenas um desconforto leve.
Ouvi falar que o toque retal não é mais necessário. É verdade?
Nos últimos anos, a Associação Americana de Urologia (AUA) revisou suas diretrizes sobre o rastreamento do câncer de próstata e decidiu não recomendar mais o toque retal como método rotineiro para essa finalidade. Essa mudança se baseia em evidências que destacam a baixa sensibilidade do exame, incapaz de detectar a maioria dos cânceres de próstata em estágios iniciais. Além disso, a variabilidade nos resultados do toque retal entre diferentes médicos pode levar a diagnósticos inconsistentes. Isso significa que um exame que pode ser considerado normal por um profissional pode ser interpretado de forma diferente por outro, comprometendo a confiabilidade do método. A AUA agora enfatiza a importância do teste de antígeno prostático específico (PSA) como a principal ferramenta de rastreamento. O PSA oferece uma abordagem mais sensível para detectar a presença de câncer de próstata e permite que os médicos realizem uma avaliação mais aprofundada quando necessário.
No entanto, a Sociedade Brasileira de Urologia e Associação Européia de Urologia continuam recomendando o toque para detecção precoce do câncer prostático.
Sempre explico aos pacientes que o modo de realizar o rastreamento deve ser individualizado, considerando fatores como idade, histórico familiar, PSA e preferências do paciente.
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Dr. Pedro Cabral
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