Dr. Pedro Henrique

Profissional especializado em Urologia Minimamente Invasiva e Laparoscopia.

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Cirurgia Robótica Manaus

Como funciona a cirurgia robótica?

Intuitivamente, a plataforma robótica é imaginada como um robô humanóide, com braços e pernas, entrando na sala cirúrgica para realizar a cirurgia. A realidade é bem diferente disso (veja figura abaixo).
O robô cirúrgico é composto de três partes: um console onde senta-se o cirurgião; um armário metálico contendo uma tela de alta definição, câmera digital, fonte de luz e outros equipamentos; e um terceiro módulo (o único a entrar em contato com o paciente), contendo os braços do robô. São estes braços que são conectados ao paciente e atuam no interior do corpo humano sob total controle do cirurgião.
O primeiro braço controla uma ótica que transmite a imagem da câmera em 4K e 3D. Os outros três controlam instrumentos que realizam dissecção, corte, pontos e reconstrução de tecidos e órgãos.
Domínio da técnica para comandar o robô é fundamental. Sentado no console de comando, o médico realiza todos os movimentos que os braços robóticos vão executar. As mãos, manuseando uma espécie de joystick de videogame, e os pés, operando pedais, trabalham de forma simultânea e sincronizada. O robô reproduz os movimentos do médico, mas com mais delicadeza porque filtra o tremor natural das mãos.

Configuração de uma sala cirúrgica robótica. O cirurgião está sentado no console, próximo ao paciente. Os braços robóticos estão sobre o paciente. No campo cirúrgico, há um cirurgião-auxiliar e um instrumentador, que compõem a equipe.

Quais as vantagens da Cirurgia Robótica?

Maior ergonomia ao cirurgião (otimizando sua performance), filtro do tremor natural das mãos humanas, menor dor pós-operatória, melhor visibilização e preservação de estruturas anatômicas, menor tempo de hospitalização e recuperação pós-operatória mais célere. Além destas vantagens gerais, existem algumas específicas para cada cirurgia. Na cirurgia robótica para câncer de próstata por exemplo, o risco de incontinência urinária (perda de urina) e impotência sexual é menor. Na cirurgia para câncer de rim (Nefrectomia Robótica), o robô permite uma reconstrução mais rápida do tecido renal após retirada do tumor.

Como ter acesso a esta tecnologia em Manaus?

Infelizmente, Manaus não possui ainda a plataforma robótica. No intuito de oferecer sempre o melhor tratamento indicado pela literatura médica, operamos nossos pacientes na cidade de São Paulo, nos Hospitais Nove de Julho e Sírio-Libanês, em parceria com equipe cirúrgica paulista experiente e renomada.

Que transformações a robótica pode trazer à Urologia?

A tecnologia robótica trouxe resultados superiores em comparação com as abordagens cirúrgicas convencionais, beneficiando os pacientes. Por este motivo, a robótica tem transformado a prática cotidiana da Urologia, pois cada vez mais os pacientes saem dos nossos consultórios com um procedimento robótico indicado.
A expansão da cirurgia robótica é exponencial no mundo e também no Brasil: o país já conta com cerca de 82 plataformas robóticas. Inicialmente usada para cirurgias urológicas, principalmente a prostatectomia radical (retirada da próstata para tratar o câncer de próstata), atualmente foi incorporada em diferentes especialidades, como a cirurgia geral, a cirurgia ginecológica e a cirurgia torácica.
Segundo dados da Intuitive Surgical, empresa detentora da única marca de robô do mundo, o Da Vinci, foram realizados mais de 8 mil procedimentos em todo o território nacional em 2018. Em 2011, primeiro ano do levantamento, houve apenas 450 cirurgias robóticas.

Desenvolvimento e resultados satisfatórios

A cirurgia robótica para auxiliar os médicos em processos cirúrgicos foi desenvolvida há mais de duas décadas com foco inicial em cirurgias cardíacas, mas foi na Urologia que a tecnologia consagrou-se e difundiu-se ao ser utilizada para tratamento do câncer mais frequente nos homens: o câncer próstata. Isto porque a próstata situa-se em região do corpo de difícil acesso e com órgãos muito próximos uns aos outros. O robô cirúrgico permite maior liberdade de movimento em pequenos espaços. A câmera 3D da robótica e os instrumentos articulados são ideais para trabalho em tal situação.
Trata-se de um caso de sucesso talvez sem precedentes: nos EUA e na União Européia, mais de 90% das prostatectomias radicais realizadas atualmente já utilizam a tecnologia robótica.
As especialidades que mais realizam procedimentos robóticos são a Urologia, a Cirurgia Geral e Ginecologia.
Em algumas áreas, ainda não houve demonstração de superioridade da cirurgia robótica. Neste sentido, na Urologia a robótica firmou-se como a cirurgia padrão-ouro (ou seja, a melhor) para tratamento do câncer de próstata e de casos complicados de tumores renais. Atualmente, a maioria dos urologistas concorda que os benefícios da cirurgia superam amplamente as desvantagens. Na realidade, a única desvantagem normalmente citada é o custo.

Como fica a relação médico-paciente com a chegada do robô?

Segundo alguns especialistas da área médica, a automatização e a robotização da medicina pode gerar mudanças na relação médico/paciente, à medida que as relações podem se tornar mais distantes e o contato entre o médico e o paciente superficializado. No entanto, deve-se ter em mente que o princípio fundamental da Medicina é o bem servir. A cirurgia robótica, com resultados superiores e altos índices de satisfação, é a melhor maneira para atingirmos este objetivo em muitos casos. Além disso, o robô cirúrgico permite procedimentos mais rápidos e precisos, disponibilizando mais tempo para que o cirurgião esteja próximo ao seu paciente e o acompanhe devidamente no pré e no pós-operatório.