PSA elevado: causas comuns além do câncer de próstata

escrito por
Dr. Pedro Henrique Cabral
2/12/2024 9:54 PM
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A elevação do PSA no exame de sangue causa muita preocupação nos pacientes, mas é importante entender suas diversas causas. Embora o PSA seja um importante marcador para detectar alterações na próstata, sua elevação nem sempre significa câncer. Neste artigo vou esclarecer dúvidas comuns e explicar tecnologias que auxiliam no diagnóstico preciso das alterações da próstata.

O que é o PSA e quando se eleva?

O PSA (Antígeno Prostático Específico) é uma proteína produzida pela próstata e presente no sangue dos homens. Seu aumento pode ocorrer por diversas razões. As 3 principais causas são o crescimento benigno da próstata (HPB), a inflamação prostática (prostatite) e o câncer de próstata. Atualmente, a ressonância magnética de próstata é a principal ferramenta para investigar homens com elevação de PSA, pois é o único exame de imagem capaz de detectar imagens indicativas de câncer de próstata.

Entendendo o PSA livre e total

O PSA total representa o conjunto de todas as moléculas de PSA presentes no sangue, enquanto o PSA livre é uma das formas circulantes do PSA. A relação entre eles (PSA livre/total) auxilia na diferenciação entre alterações benignas e malignas. Uma relação abaixo de 10% sugere o diagnóstico de câncer de próstata. Por outro lado, valores acima de 20% indicam provável crescimento benigno.

Principais causas de PSA elevado

O PSA aumenta em diversas situações além do câncer:

Hiperplasia prostática benigna (HPB)

Esta é uma condição benigna muito comum em homens acima de 50 anos, pois a próstata cresce naturalmente com o avançar da idade. O tratamento HPB varia desde medicamentos orais até procedimentos minimamente invasivos como o GreenLight, um laser para tratamento endoscópico (por dentro da canal da urina) por vaporização do tecido prostático aumentado, desobstruindo a uretra e permitindo um fluxo urinário confortável para o paciente.

Prostatite (inflamação da próstata)

É uma inflamação da próstata que pode ser aguda ou crônica. O tratamento geralmente envolve antibióticos nos casos de infecção, além de medicamentos anti-inflamatórios e mudanças nos hábitos de vida.

Situações temporárias que elevam o PSA:

  • Trauma recente na região da próstata (como após andar de bicicleta)
  • Passagem de sonda vesical
  • Cirurgias prostáticas
  • Ejaculação nas últimas 48 horas
  • Massagem prostática durante exame de toque
  • Retenção urinária aguda

Nestas situações temporárias, o PSA normaliza naturalmente após alguns dias, sem necessidade de tratamento específico.

Sintomas urinários associados

Algumas alterações urinárias podem acompanhar o PSA elevado:

  • Dificuldade para começar a urinar
  • Jato urinário fraco ou interrompido
  • Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite
  • Urgência para urinar
  • Sensação de não esvaziar completamente a bexiga
  • Gotejamento após urinar
  • Sangue na urina (em casos raros)

Exames modernos para investigação

Atualmente, dispomos de tecnologia avançada para investigação do PSA alterado:

Ressonância Magnética

A ressonância magnética permite visualizar detalhadamente a próstata e identificar áreas suspeitas com boa precisão. Este exame é fundamental para guiar a biópsia quando necessário.

Biópsia por transperineal com fusão de imagens

A biópsia de próstata é o único exame que possibilita o diagnóstico definitivo. A biópsia transperineal com fusão de imagens representa um avanço significativo no diagnóstico do câncer de próstata. Esta tecnologia combina:

  • Imagens da ressonância magnética prévia
  • Ultrassom em tempo real
  • Software que sobrepõe as imagens durante o procedimento
  • Coleta precisa de amostras das áreas suspeitas

As vantagens incluem:

  • Maior precisão diagnóstica
  • Menor número de amostras necessárias
  • Menor risco de infecção
  • Menor risco de sangramento pelo reto
  • Maior conforto para o paciente

Quando fazer o PSA?

De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia, recomenda-se:

  • Homens acima de 50 anos: PSA anual
  • Homens negros ou com histórico familiar: início aos 45 anos

Além disso, tenho recomendado aos meus pacientes uma dosagem de PSA aos 40 anos de idade: o chamado PSA basal de referência. Diversos estudos atuais enfatizam este primeiro PSA como uma referência para estratificar o risco individualizado do paciente.

Quando se preocupar com o PSA alto?

A interpretação do PSA deve considerar diversos fatores:

  • Idade do paciente
  • Qual o nível exato do PSA
  • Velocidade de aumento do PSA
  • Histórico familiar de câncer de próstata
  • Relação entre PSA livre e total
  • Relação entre o PSA e o tamanho da próstata
  • Presença de sintomas urinários
  • Exame de toque retal

A importância do acompanhamento especializado

Diante de um PSA alterado, é fundamental a avaliação por um urologista experiente. Ele poderá determinar se são necessários exames complementares e qual a melhor conduta para cada caso específico, baseado nas suas características individuais.

Como podemos auxiliar?

Se você possui dúvidas sobre o exame PSA com níveis alterados ou gostaria de esclarecimentos sobre o diagnóstico do câncer de próstata, estamos à disposição para auxiliar. Entre em contato com nossa assistente dedicada pelo WhatsApp: (92) 98127-0310.

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