Infecções urinárias de repetição
A infecção urinária que ocorre nas mulheres, acometendo a bexiga, é chamada de cistite. Esta infecção é extremamente comum e atinge até 10-15% das mulheres em idade sexualmente ativa.
A grande maioria das mulheres com cistite tem até 2 infecções por ano. Outras desenvolvem o que chamamos de infecção urinária de repetição, ou seja, uma infecção após a outra, o que traz desconforto e perda de qualidade de vida.
Quais são os sintomas da cistite?
Os principais são dor ao urinar, aumento da frequência miccional (constantes idas ao banheiro), urgência (necessidade de ir logo ou correr ao banheiro para urinar) e dor na parte de baixo do abdome. A cistite, de modo geral, não causa febre. Caso você tenha febre, é necessário investigar infecção renal ou de algum outro órgão abdominal.
Como diagnosticar a cistite?
Através dos sintomas, de um exame de urina simples (EAS ou urina tipo I) e da cultura de urina, sendo este último o melhor exame. Temos enfatizado a importância de realizar a cultura de urina, apesar deste exame não ficar pronto logo (até 2-7 dias para o resultado), pois apenas através da cultura é possível identificar qual bactéria está causando a infecção.
Como prevenir cistites?
Existem algumas medidas gerais quepodem resolver boa parte dos casos de infecções urinárias de repetição. São elas:
Ingerir líquidos em maior quantidade, não obrigatoriamente água, mas também sucos de frutas (de preferência de polpa e naturais), água de coco, chás (chá verde, mate, chá branco) ou alimentos com alto conteúdo hídrico (sopas, vitaminas, caldos, frutas). De modo geral, recomenda-se aumentar em 1 litro a ingestão de líquidos.
Não reter a urina. Quando tiver vontade de urinar, pare o que está fazendo e vá urinar. Reter a urina impede que o fluxo urinário exerça sua função de lavar as vias urinárias e pode causar disfunções miccionais.
Esvaziar a bexiga ao acordar, antes de dormir e após relações sexuais, mesmo se não estiver com vontade de urinar. Sentar no vaso sanitário e ligar a torneira pode auxiliar.
Evitar o uso interno de sabonetes íntimos bactericidas, que devem ser usados apenas externamente e não dentro da vagina.
Controlar a constipação intestinal (intestino preso). Isto em geral pode ser conseguido através de uma alimentação rica em fibras. São alimentos ricos em fibra: granola, aveia, frutas ingeridas com o “bagaço” como laranja ou tangerina, brócolis, couve-flor, repolho, uvas-passas, cereais matinais integrais, feijão-fradinho, pupunha, arroz integral e ervilha, dentre outros.