A cirurgia é sempre necessária no câncer de rim? entenda as indicações

escrito por
Dr. Pedro Henrique Cabral
2/5/2025 12:17 AM
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3 min
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O câncer de rim representa aproximadamente 3% de todos os tumores malignos diagnosticados anualmente. Embora a cirurgia seja considerada o melhor tratamento curativo para esta doença, nem todos os pacientes necessitam de intervenção cirúrgica imediata.

Quando a cirurgia é realmente necessária?

A cirurgia é recomendada como tratamento de primeira linha na maioria dos casos de câncer renal, especialmente nas seguintes situações:

  • Tumores localizados > 4 cm.
  • Tumores com crescimento rápido documentado em exames de imagem seriados.
  • Tumores sintomáticos que causam dor, sangramento ou outros problemas.
  • Tumores com características radiológicas suspeitas para maior agressividade.
  • Pacientes saudáveis que podem tolerar bem o procedimento cirúrgico e com expectativa de vida longa.

Tipos de cirurgia para câncer renal

Quando a cirurgia é indicada, disponibilizamos duas abordagens principais:

  1. Nefrectomia parcial: remoção apenas da porção do rim contendo o tumor.

    • Preserva tecido renal saudável.
    • Indicada principalmente para tumores menores que 7 cm.
    • Associada a menor risco de insuficiência renal a longo prazo.
    • Permite alcançar a Trifecta (controle oncológico, preservação da função renal e ausência de complicações).
  2. Nefrectomia radical: remoção completa do rim afetado.

    • Indicada para tumores grandes ou de localização central.
    • Necessária quando a preservação parcial não é tecnicamente viável.
  3. Técnicas de acesso cirúrgico:

    • Laparoscopia: através de pequenas incisões, com menos dor e recuperação mais rápida.
    • Cirurgia robótica: oferece maior precisão e melhor visualização.
    • Cirurgia aberta: utilizada em casos selecionados ou quando as técnicas minimamente invasivas não estão disponíveis. Na nossa prática, não realizamos mais cirurgias renais abertas.

Quando podemos evitar a cirurgia no câncer renal?

Nem todos os casos de câncer de rim exigem cirurgia imediata. A vigilância ativa é uma alternativa a ser considerada em situações específicas:

Vigilância ativa

A vigilância ativa consiste no monitoramento cuidadoso com exames de imagem periódicos, sem intervenção imediata. Esta abordagem é adequada para:

  • Tumores pequenos (especialmente aqueles < 2 cm).
  • Pacientes idosos com comorbidades significativas.
  • Pacientes com expectativa de vida limitada devido a outras condições médicas.
  • Tumores com características radiológicas de baixa agressividade.

Nesta abordagem, realizamos exames de imagem (tomografia ou ressonância) a cada 3-6 meses no primeiro ano, e posteriormente em intervalos crescentes para monitorar cuidadosamente o comportamento do tumor.

O que influencia a decisão por cirurgia ou vigilância ativa?

A decisão entre cirurgia e vigilância ativa depende de múltiplos fatores:

  • Relacionados ao paciente:

    • Idade e expectativa de vida.
    • Estado geral de saúde e comorbidades.
    • Função renal basal.
    • Preferências pessoais após discussão detalhada dos riscos e benefícios.
  • Relacionados ao tumor:

    • Tamanho e localização.
    • Características radiológicas.
    • Taxa de crescimento.
    • Sintomas relacionados.

Casos complexos: como planejar melhor a cirurgia e preservar o rim?

Para tumores renais complexos, especialmente aqueles localizados próximos a estruturas vitais, utilizamos recursos avançados como a cirurgia robótica e as maquetes digitais 3D. Esta tecnologia cria modelos precisos a partir de tomografias, permitindo:

  • Entendimento espacial do tumor e suas relações anatômicas.
  • Planejamento cirúrgico mais detalhado.
  • Maior preservação do tecido renal saudável.

Meu tumor renal é pequeno: devo mesmo tratá-lo?

Esta é uma dúvida frequente entre meus pacientes. Para tumores menores que 32cm, especialmente em pacientes idosos ou com comorbidades significativas, a vigilância ativa com monitoramento regular é uma opção válida e respaldada por evidências científicas.

O protocolo de vigilância inclui exames de imagem periódicos. Durante este período, identificamos sinais que possam indicar necessidade de intervenção, como crescimento acelerado (>5 mm/ano) ou desenvolvimento de sintomas.

Tratamento personalizado para câncer renal em Manaus

Como urologista especializado no tratamento do câncer renal, avalio cada caso individualmente, considerando os múltiplos fatores que influenciam a decisão terapêutica. Para casos que exigem tecnologia robótica, dispomos de um protocolo específico para realização do procedimento em São Paulo, com acompanhamento pré e pós-operatório em Manaus.

Se você foi diagnosticado com câncer renal ou apresenta um tumor renal que necessita avaliação, entre em contato com nossa assistente dedicada a cirurgias e procedimentos urológicos. Juntos, definiremos a abordagem mais adequada para seu caso

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